31 dezembro 2008

Meu País Inventado


Um dia cinzento igual a tantos outros.

O rio Tejo segue o seu curso em direção ao Atlântico. De um lado, a ponte 25 de Abril e do outro, perdido por entre a névoa, a Ponte Vasco da Gama.

Sentada á beira do rio, ela segue, distraída, as ondinhas do rio se quebrando a seus pés.

Ao longe, ela mais não é do que uma mancha vermelha, devido ao anorake vermelho, vestido com o objeivo de lhe empresar alguma cor... algum calor.

Estremecendo de frio, ela vê os primeiros flocos de neve, em Lisboa, desde 1955.

Silenciosamente esses flocos flutuam na sua frente, prendem no seu anorake, a boina também não escapa, e nem mesmo os cabelos.

E, para ela, o mundo pára...

E rodopia, rodopia, dança rodopiando pela neve. E viajando perdida no tempo e na memória ela brinca, ri, escorrega, cai, levanta-se e por aí continua...

Nesse exato momento ela vive no seu país inventado.

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