20 agosto 2012

A Coragem vem do coração


A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.

O Amor não deveria ser exigente, senão, perde as asas e não pode voar; torna-se enraizado na terra e fica muito mundano. Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento. O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele. Ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado. Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo; o motivo se torna sua definição, sua fronteira. Um amor não motivado não tem fronteiras: É a fragrância do coração.

(Autor Desconhecido)

05 junho 2012

Mulher

Há 9 anos atrás pediram-me que ligasse ao BCA solicitando uma lista de convidados para um evento “íntimo”. Passaram-me a ligação para Claudia Bettencourt. E o diálogo travou-se da seguinte forma:
(Claudia) – Alô?
(Ísis) – Alô sim?! D. Claudia?
(Claudia) – D. Claudia??? Ali ka tem nenhum D. Claudia. Tem sô Claudia.

Este foi o nosso primeiro contato. Inesquecível!!!

Esta mulher tamanho família, é uma das mais batalhadoras que conheço. Profissional impagável, amiga sem limites, mulher, tia, filha, confidente e pau para toda a obra. Apresento-vos a Claudia Bettencourt.

Á primeira visto, acredito que para muitos, ela pareça um pouco antipática e mandona. Ela só é mandona, ok??

Como diz o brasileiro, a Kukuka (para os íntimos) é gente boa demais. Quantas vezes já não alugamos o seu ouvido e o seu ombro a custo zero, onde depositamos lágrimas, palavras, olhares tristes e sentimentos mal correspondidos??

Mas quem se atreveu a conhecer o outro lado da “tia Kukuka”? Por detrás da simpatia, do sorriso e riso contagiante também encontramos uma mulher frágil, capaz de verter lágrimas por “dá cá aquela palha”, uma mulher que achou que iria falhar nesta empreitada, uma mulher que foi decepcionada e desiludida, uma mulher que perdeu horas de sono pensando em como ajudar um amigo ou o que fazer para curar o seu coraçãozinho machucado.

Esta mulher também se chama Claudia Bettencourt e ela é uma vencedora!

Sou suspeita para falar porque a amo como mulher que é, como amiga que é e como a grande profissional que começa hoje a dar os seus primeiros passos com um canudo na mão.

Hoje, parte do que sou devo-o a ela, que com maestria mostrou-me os meus pontos fracos, ás vezes com dureza e outras vezes com mansidão, mas sempre com carinho. É difícil perscrutar um coração desse tamanho. Li hoje que é no coração que se encontram os maiores segredos do Universo e não é mentira!!!

CCLima, é impossível escrever estas coisas e não verter algumas lágrimas, mas não de tristeza ou decepção, longe de mim esses sentimentos, verto lágrimas de orgulho, de gratidão e de saber que de uma conversa tão singela na tua suíte pude de alguma forma ajudar na tua formação. Esta graduação não se deve ao teu pai ou á tua mãe, não tirando o devido mérito aos dois, deve-se sobretudo á tua coragem em enfrentar o desconhecido, ultrapassar as barreiras e vencer os obstáculos sempre com um sorriso no rosto e algumas lágrimas escondidas.

CCLima tu é uma verdadeira vencedora e todas as tuas conquistas são merecidas!!!

Parabéns á mais nova graduada em Publicidade e Propaganda!!!

PARABÉNS, CLAUDIA!!

27 abril 2011

E o tempo não passa

Serenamente passam as horas. Serenamente passam os dias, um atrás do outro, lembrando os passos cansados de um velho.

Serenos e vagarosos, para mim. Os dias demoram a passar quando estou longe de ti. As noites são eternas quando não tenho o aconchego do teu corpo colado ao meu.

Os ponteiros do relógio não avançam e até o tempo dos segundos é mais longo. Ás vezes acho que consigo ser pior que um relógio parado, pois pelo menos o relógio está certo duas vezes por dia.

E o tempo, esse eterno companheiro, continua sem passar.

03 abril 2011

GRECOriando

Desejo a você...
Fruto do mato (qual sua fruta preferida?)
Cheiro de jardim (pode ser qualquer um…)
Namoro no portão (é bom, né?)
Domingo sem chuva (mas com pouco sol, por favor!)
Segunda sem mau humor (você consegue? Difícil!!)
Sábado com seu amor (e todos os outros dias também!)
Filme do Carlitos (Quem é esse cara? Preciso que você me actualize)
Chope com amigos (tem coisa melhor? Lembra do PIB? Boas noitadas a gente passou)
Crônica de Rubem Braga (Gosto, mas prefiro as do Greco)
Viver sem inimigos (Na vida é preciso que existam pra dar sabor à existência)
Filme antigo na TV (Tudo de bom!! A-DO-RO)
Ter uma pessoa especial (acho que você achou!)
E que ela goste de você (continuo pensando na mesma pessoa)
Frango caipira em pensão do interior (ñ gosto muito ñ, mas pode ser que você goste)
Ouvir uma palavra amável (há momentos em que “cai bem como uma luva”)
Ter uma surpresa agradável (tou pensando em te fazer uma visitinha, topa?)
Ver a Banda passar (desde que ñ seja o 7 de Setembro, tudo bem)
Noite de lua cheia (lindo né?)
Rever uma velha amizade (a gente tá precisando se reencontrar)
Ter fé em Deus (não pode, jamais faltar)
Não ter que ouvir a palavra não (ás vezes é necessário)
Nem nunca, nem jamais e adeus. (é preciso, pra que a gente possa seguir em frente)
Rir como criança (e não deixar que a tristeza nos envolva)
Ouvir canto de passarinho. (logo de manhãzinha, deitado com o seu amor)
Sarar de resfriado (e de todas as feridas que machucaram a alma)
Escrever um poema de amor (e dedicá-lo a quem a gente ama de verdade)
Que nunca será rasgado (será guardado e relembrado pra sempre)
Formar um par ideal (e sair pra dançar numa gafieira… um sambinha no pé)
Tomar banho de cachoeira (oohhh coisa gostosa!!!)
Pegar um bronzeado legal (você está muito branco, quase transparente!)
Aprender uma nova canção (e aumentar o seu repertório)
Esperar alguém na estação (e dar um abraço daqueles)
Queijo com goiabada (uii, Romeu e Julieta, tudo de bom!!)
Pôr-do-Sol na roça (em maré de crepúsculo… lusco-fusco)
Uma festa (prefiro só um barzinho mesmo)
Um violão (e o dedilhar das notas, compondo…)
Recordar um amor antigo (só as coisas boas)
Ter um ombro sempre amigo (eii, lembra de mim?)
Bater palmas de alegria (se for possível até com os pés)
Uma tarde amena (mas prenhe de emoções)
Calçar um velho chinelo (daqueles bem confortáveis)
Sentar numa velha poltrona (que parece que foi feito pra você)
Tocar violão para alguém (enquanto diz o quanto ela é importante pra você)
Ouvir a chuva no telhado (aconchegado em sua cama)
Vinho branco (huumm, mas pode ser tinto também)
E muito carinho meu. (isso você sempre terá!)

31 março 2011

Sempre x Nunca

"Onde estiver espero que esteja feliz
Encontre seu caminho
Guarde o que foi bom, jogue fora o que restou (...)"

Ela jamais se esqueceria dessas palavras, escritas num bilhete encontrado, colado no espelho do quarto.
Um bilhete de despedida.
Uma despedida de até nunca mais.
Nunca mais é muito tempo, tal como sempre.
Ela sempre achara que ele sempre estaria á sua espera, fosse onde fosse, custasse o que custasse.
Confiara demais no sempre e agora era obrigada a conviver com o nunca mais.
Sempre e nunca, palavras opostas, antônimos, mas só na gramática, pois na realidade ambas significam a mesma coisa: Tempo Demais.

29 março 2011

O Verde Deixou de Ser Esperança

Ando pela casa. Sozinha. Vazia. Assim como eu.
Casa coisa está no seu devido lugar. Mas existem falhas. Faltas. Faltam coisas.
Faltam os teus tênis espalhados pela casa, falta a tua t-shirt suada jogada na minha colcha novinha. Falta, também, o barulho, a zoada da televisão e o tec-tec irritante do ventilador.
E são tantas as coisas em falta. E é o mais importante que faz a casa parecer grande, solitária, sozinha, vazia. Tu.
Por onde andas? O que fazes? Quando voltas? Será que voltas?
Levaste o calor e o aconchego. As cores perderam o brilho. O laranja, o amarelo, o vermelho e o verde, tornaram-se cinzas.
A nossa casa transformou-se num mar de preto e branco.
As cores já mais não fazem diferença. O laranja perdeu o calor de outrora, o amarelo deixou de brilhar, o vermelho deixou de irradiar paixão e o verde... ai o verde... o verde deixou de ser esperança.

14 março 2011

Utópicamente Falando

Amanhã!
Amanhã vai ser o dia. O dia em que vou olhar pra ti e deixar que todo o sentimento transborde. Olhar nos teus olhos e perder-me no enigma que é ser o outro.
Como será ser você? Como será a sensação de ser o outro que não eu?
Sensações e sentidos diferentes!
Se pudessemos ser o outro ou, quem sabe, por pouco tempo, ser e vivenciar as experiencias do outro, talvez fossemos mais tolerantes na "arte" de julgar ou de criar um pré-conceito.
Mas se fossemos o outro, mesmo que por pouco tempo, deixaríamos de ser nós. Esqueceríamos de quem somos e da nossa individualidade? Ou levaríamos para o "novo corpo" as sensações intrínsecas do nosso individualismo?
Essa troca seria deveras "encabulante", pois além de deixarmos parte da nossa individualidade no outro, também traríamos parte das suas sensações para a nossa própria individualidade.
Possibilidades? Ou pura utopia?

10 março 2011

Damas da Noite

Passando pela Raimundo Girão, por volta das 11:00 da noite, o que mais se vê, são as chamadas (ironicamente) de "damas da noite".
Mulheres da vida, cada uma com histórias de vida diferentes e propósitos, igualmente, diferentes.
Corpos semi-nus, onde o pudor deixou de existir ao primeiro abrir de pernas.
Mini-saias ou shorts que mais parecem cintos, deixam as pernas á mostra. Algumas finas, outras grossas e outras, até, gostosas.Mas na grande maioria, na parte detrás do joelho, nas veias visíveis a olho nu, dezenas de pontos vermelhos. Picadas, muitas picadas.
É... a promiscuidade do corpo se atrela á necessidade de anestesiar a mente.

03 março 2011

O Meu Amor Perdido

Vou sair por aí. Sair pela rua em busca do meu amor perdido. Vou procurar pelas calçadas e até mesmo pelos bueiros. A chuva pode tê-lo levado daqui. De perto de mim.
Vou sair em busca do meu amor. Desse amor que passou e deixou para trás somente recordações e, quiçá, saudade.
Saudade suficiente que me faz buscar também debaixo da ponte e no meio do lamaçal feito pela chuva.
Busco nas ruelas perdidas da cidade, nas calçadas brilhantes, lavadas pela chuva; busco, inclusive, na minha sombra, por baixo dos meus pés, com medo de ter, sem querer, machucado o meu amor.
É quando cai a noite na cidade, que me vejo em ruelas desconhecidas, perdida de mim mesma.
Em busca do meu amor me perdi de mim. Me esqueci de quem sou, na ânsia de encontrar esse "algo" que sumiu. Que sumiu de dentro de mim, que nem fumaça.
Em mim só ficaram recordações, e perdido com o tempo, se perdeu o meu amor. Do nosso amor, só sobrou a saudade de um tempo que passou.

Readers