31 dezembro 2008

Lacrimejando

Lágrimas caem-lhe dos olhos, escorrem pela cara. Diamantes... asim parecem esses olhos brilhantes pelas lágrimas.

Por detrás dessse brilho existe uma alma perfurada pela dor, vezes sem conta... o sorriso, o bom-humor, as brincadeiras e a ironia fazem parte de uma tentativa de fuga. Tentativa frustrada!

Só ela sabe da dor, a sua dor. Egoísta sim, por não compartilhar, por não mostrar, mas porquê ela faria isso? As palavras que lhe saem da boca acabam se esbarrando de supetão num muro de ética. Ética unilateral!!

Sempre ouviu dizer que o amor move montanhas, pobres dos que amam demais pois para além de moverem montanhas, atravessam oceanos e acabam sós.... sós.

Mas mesmo nessa solidão, ela agarra-se a uma réstia de esperança e continua á espera. Por mais consciência que ela tenha de que está a perder tempo numa espera infinita, ela por aí continua dia após dia...

E as lágrimas?? Essas continuam o seu caminho...

Meu País Inventado


Um dia cinzento igual a tantos outros.

O rio Tejo segue o seu curso em direção ao Atlântico. De um lado, a ponte 25 de Abril e do outro, perdido por entre a névoa, a Ponte Vasco da Gama.

Sentada á beira do rio, ela segue, distraída, as ondinhas do rio se quebrando a seus pés.

Ao longe, ela mais não é do que uma mancha vermelha, devido ao anorake vermelho, vestido com o objeivo de lhe empresar alguma cor... algum calor.

Estremecendo de frio, ela vê os primeiros flocos de neve, em Lisboa, desde 1955.

Silenciosamente esses flocos flutuam na sua frente, prendem no seu anorake, a boina também não escapa, e nem mesmo os cabelos.

E, para ela, o mundo pára...

E rodopia, rodopia, dança rodopiando pela neve. E viajando perdida no tempo e na memória ela brinca, ri, escorrega, cai, levanta-se e por aí continua...

Nesse exato momento ela vive no seu país inventado.

02 dezembro 2008

Negro

Apeteceu-me escrever sobre o movimento negro, e não poderia deixar de falar sobre Martin Luther King, um dos maiores nomes mundiais do século XX. Nascido nos Estados Unidos (Atlanta, Geórgia) em 1929, empenhou-se numa campanha a favor dos negros (EUA, um dos países mais racistas), reclamando pelo direito ao voto, pelo fim á segregação, ao racismo e á discriminação, e foi também activista pelos direitos humanos "básicos", neste aspecto tanto para os negros como para as mulheres. Fez campanhas em prol da causa defendida, foi perseguido, ameaçado e preso, mas não perdeu a fé. Quem ainda não ouviu o tão famoso discurso "I Have a Dream" (Eu tenho um sonho)?

"Existem aqueles que perguntam aos devotos pelos direitos civis: “Quando estarão vocês satisfeitos?” Nós não podemos estar satisfeitos enquanto o Negro é vítima dos horrores inexplicáveis da brutalidade policial. Nós não podemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos fatigados de viagem, não possam descansar em motéis nas vias principais ou hotéis das grandes cidades. Nós não podemos estar satisfeitos enquanto as idas e vindas de negros sejam de pequenos guetos para guetos um pouco maiores. Nós não estaremos nunca satisfeitos enquanto os nossos filhos forem impedidos na sua individualidade e dignidade em freqüentarem locais “For Whites Only” (Só para brancos). Nós não podemos estar satisfeitos enquanto o Negro no Mississippi não possa votar e o Negro em Nova Iorque acreditar que não tem motivos para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos, e não estaremos satisfeitos até que “a justiça corra como as águas, e direita como o córrego de um rio.” "

È impossivel escutar o discurso e não se emocionar, sendo negro ou branco. Sem dúvida um discurso tocante!!!

O discurso de Luther King ainda é atual e se encaixa no mundo de hoje. Outra cara/personagem que se tem destacado igualmente nos EUA, Barack Obama. Atualmente o 44º presidente dos EUA.

Analisando um discurso de Obama, na Filadélfia, no início da sua campanha, encontramos pontos em comum com o de Luther King: a questão racial.

Tal como Luther King, Obama diz que a declaração de independência dos EUA “que acabou por ser assinado, tinha ainda a mácula da escravidão, o pecado original da nação e uma questão que dividiu as colônias e causou impasse na convenção até que os fundadores optaram por permitir que o tráfico de escravos continuasse por pelo menos mais 20 anos, deixando qualquer solução definitiva às futuras gerações”.

O discurso continua alegando que já a declaração de independência “tinha por cerne a igualdade dos cidadãos perante a lei, uma constituição que prometia ao seu povo liberdade, e justiça, e uma união que poderia e deveria ser ainda mais aperfeiçoada ao longo do tempo. No entanto, palavras em um pergaminho não seriam suficientes para libertar os escravos de seus grilhões, ou oferecer a homens e mulheres de todas as cores e credos seus plenos direitos e obrigações como cidadãos dos Estados Unidos. Foram necessários norte-americanos de futuras gerações que se dispuseram a fazer sua parte – por meio de protestos e luta, nas ruas e nos tribunais, por meio de uma guerra civil e da desobediência civil, e sempre sob grande risco – a fim de reduzir a distância entre aquilo que nossos ideais prometiam e a realidade de nossa era.”

E é se propondo a continuar com essa luta por um país mais justo e igualitário que Barack Obama conseguiu se eleger. Atenção: não digo com isto que toda a campanha de Obama se tenha baseada na questão racial. Durante a sua campanha, Obama ressaltou a igualdade entre as raças, assim como Luther King, e não a superioridade negra.

Mas por que será que 58 anos depois do primeiro discurso, ainda se discutem as questões raciais?? Será por as metas não terem sido atingidas??

Os negros continuam sofrendo perseguições e sendo segregados, continuam igualmente sendo vítimas do racismo, não só nos EUA, mas em qualquer parte do mundo. Continua igualmente, em muitas sociedades, a ligação entre o negro e um burro-de-carga, sendo difícil “destrinçar” a idéia de negro e escravo. (curiosidade: a História diz que no Egito Antigo, assim como na Grécia e Roma, já existiam escravos, mas em nenhum momento se fez alusão ao fato de que os escravos eram somente negros, até porque várias outras etnias e povos faziam parte dessa “classe social”).

Esses dois negros fizeram e fazem História ao se posicionar a favor de uma sociedade igualitária, onde brancos e negros tenham direitos e deveres iguais. Já era o sonho de King ao proferir: “I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character” (“Eu tenho um sonho que os meus quatro filhos, um dia, viverão numa nação em que não serão julgados pela cor da pele mas pelo caráter”). E continua com: “… One day right there in Alabama little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers” (“…Um dia, no Alabama, pequenos meninos negros e meninas negras poderão juntar as mãos com pequenos meninos brancos e meninas brancas, como irmãos e irmãs”).

È pena ver que o racismo encontra-se de tal forma enraizado em determinadas sociedades, que arrancar essa “erva daninha” torna-se um trabalho árduo. Iniciado com o movimento abolicionista entre os séculos XVIII e XIX, a igualdade entre raças tem, até hoje, papel relevante contexto mundial, a nível social. Todo o percurso de ativista e defensor da igualdade, de Luther King foi uma continuação desse processo iniciado há dois/três séculos atrás, e essa mesma luta com que se deu início á campanha de Obama. E é essa mesma luta que todos nós devemos levar para frente, por uma igualdade entre raças.

11 novembro 2008

Amor Bandido

Prometi a mim mesma não mais quebrar a cabeça tentando entender o que é o amor, mas hoje será uma pequena/breve excepção...

Deitada no meu quarto faço um pequeno jogo de palavras que remetem a outras:

amizade; amor; paixão; desejo; tesão; companheirismo; cumplicidade; corpos; suor; sexo; pélvis; coração; frio; calor; solidão; dor; saudade; mágoa; sofrimento; traição; abandono; ceguez; surdez; ciúmes; raiva; ódio; perdão... tentativas... fracassos.

Tantos sentimentos, consequÊncias de um primeiro olhar. Como apagar tudo isso? Qual a melhor solução? Aceitar e resignar que tudo isso pertence ao passado, que a fila é grande e a vida é curta? Ou tentar?? Tentar.. tentar outra vez e outra vez e outra, e outra, e outra.........

Tentativas fracassadas, por pouco tempo com sabor de vitórias.

Até onde chegaremos com tanta dor? Até quando teremos condição de nos magoar ainda mais com este amor bandido?

Mas uma coisa é certa: é difícil esquecer o passado, mas jamais deve-se deixar que a vida passe enquanto o nosso olhar se prende ao passado.

17 outubro 2008

Confusão que remete a ilusão

Ela acorda de manhã. Faz as tarefas rotineiras e sai. Vai para casa dos pais, e lá encontra também os irmãos. Todos parecem muito preocupados com ela, e cheios de atenção.
Estranheza.
Fuga.
Apanha um táxi vai pra casa do melhor amigo, o único que, a seu ver, conhece-a melhor do que ela mesma, capaz de explicar o que se passa.
- Ele já cá não está. Já cá não mora. Mudou faz tempo.
Confusão.
Como assim já cá não mora? Se ainda ontem aqui estive?
Ela sai do prédio e olha em volta.
É o mesmo prédio decrépito de sempre, a mesma rua, o mesmo bairro velho. No entanto... Que merda é esta?
Volta para casa a medo. Será que ainda é a casa dela?
Alívio.
A porteira cumprimenta-a com satisfação e um misto de pena. Pena?? Porquê, raios partam?
Ao entrar em casa o telefone toca.
Ela atende e ouve uma voz conhecida:
- Já chegaste em casa? Chegaste bem? Precisas de alguma coisa?
A mãe. Preocupada.
Mas que raio de tamanha preocupação é esta?? Perguntas, perguntas, milhões delas.
Confusão.
- Vou aí de novo. Beijo, ciao.
Desliga.
Desliza pela parede até ficar de cócoras e tenta colocar a cabeça em ordem.
E de repente os olhos começam a mover-se pela sala.
O sofá mudou de lugar sozinho? Onde estão as minhas plantas? O telefone sempre foi vermelho? Tantas cartas!! Porquê?
Que desarrumação é esta?
Ainda mais confusa, ela sai de casa.
Sai em busca de respostas e encontra-as com a mãe.
- Tiveste uma crise depressiva e tentaste suicidar-te. Ficaste em coma por dois anos.
Dois anos, pensa incrédula.
Dois anos perdidos.
- Preciso ficar só.
Abraçam-se. Ela sai.
Andando, o véu da memória cai e lembra-se.
Uma noite de amor.
Um preservativo encontrado no banheiro.
Discussão. Palavras ásperas. Acusações.
Feridas abertas e escarafunchadas.
Chorando sangue, respirando dor...
Desânimo.
Lembrança do alívio que sentiu após ter tomado a decisão.
O rio. A ponte. Tão fácil!
Voltou a sentir a luxúria e a lascívia no momento em que lhe pareceu ouvir promessas de amor feitas pelo rio.
Voltou a ter sensação do corpo leve, tão leve. O vento por todos os lados.
E caiu. Caiu na imensidão do abismo.

[continua (ou não) quem sabe um dia]

08 outubro 2008

TUDO

Todo amor verdadeiro

Une em um só corpo dois seres através do

Dom e o

Otimismo de existir dias sempre melhores!



Obs: dito por alguém que depois de tantos desencontros, encontrou enfim o amor verdadeiro...

Este foi um comentário deixado no post NADA (29/09), por Jaque Amorim, e não resisti a postar no blog... e me levou a pensar que dependendo da sua foça de vontade e firmeza, a maneira de como você vê a vida pode ir ou pró lado positivo (como é este caso) ou pró lado negativo (como foi o meu caso)...

Cada um faz as suas próprias escolhas, na maneira de encarar a vida.

Indivíduo

Um olhar doce, próprio de quem ainda se consegue lembrar da alegria de ser criança, e no entanto, bastam dois dedos de conversa para se reconhecer a versatilidade de alguém que parece conhecer o mundo e ter vivico experiências próprias de se tornarem lições de vida.
Jeito muleque.
Um ar de pessoa muito acertada... será mesmo? Ou será medo de cometer algum deslize?

Mistério.

Enigma.

Dualidade.

Versatilidade.

Ar de uma criança-homem.

Convicção nos ideais ou serão ideias pré-concebidas pela moralidade social? Enigma.

Requer análise. Reflexão.

Remete a confusão. Ilusão.

Um ser não ser.

Me lembro agora do cógito de Descartes: "Penso, logo existo", independentemente da raça, religião ou opção sexual, o indivíduo será sempre um indivíduo, produto do meio, produto da consciência coletiva, tentado ou não fugir dos padrões sociais.

Passivo? Activo?

Aceitando qualquer parada sem discutir, ou querendo saber os motivos, argumentado e/ou impondo-se? Qual a opção? Ser mais um, ou "o um" que faz a diferença?

05 outubro 2008

ROUBO

Ao ver o filme “O Caçador de Pipas” achei interessante o facto do pai dos dois protagonistas ver o roubo como o pior pecado e condená-lo.

Vendo pelo prisma e pelas argumentações (deveras convincentes), ele tem razão, mesmo quando remete ao roubo, o assassinato. Tudo gira á volta do roubo.

O assassinato é privar o indivíduo de algo que lhe é legítimo: a vida; é privar a mulher do seu marido; é privar aos filhos da alegria que é ter um pai; é privar a sociedade de um ser humano.

Mas olhando por outro prisma: e um indivíduo que rouba para se alimentar? Para alimentar a sua família? Que rouba para sobreviver? Poderá ser igualmente condenável?

Ainda outro prisma: um indivídua, sem necessidade alguma, que rouba pelo simples "prazer" de roubar? Que rouba "para subir na vida"? Que rouba para vender? Qual a sua sanção?

Outro prisma: o que é a cleptomania? Doença incontrolável que leva o indivíduo a realizar pequenos furtos, "sem importância", e sem ter a noção do que faz? Também condenável?

Aparentemente sim; mas a sentença varia conforme o vigor de um advogado de defesa e da bondade/compreensão de um juíz.

Outro assunto abordado pelo filme é o adultério. Abordado de uma forma curta mas violenta. O adultério é visto pela sociedade muçulmana como pecado gravíssimo, condenável pela sociedade e punido com apedrejamento.

Muito embora a condenação e a punição sejam imputadas apenas á mulher adúltera e não ao homem, que lhe é permitido ter até quatro mulheres e um numero indefinido das chamadas comcubinas, numa linguagem mais rude, "amantes oficiais" (?!).

Outros gostos.
Outras culturas.
Outra sociedade.

A sociedade é produto dos indivíduos, eles ditam as leis, hábitos e costumes, mas no entanto, são esses mesmos indivíduos que acabam ficando presos a essas mesmas leis, privados do livre-arbítrio, privados do poder de escolha.

As opções acabam sendo ditadas pela sociedade, seguindo os padrões e estereótipos sociais. A escolha de algo não-padronizado socialmente, acaba sendo, nada mais, do que uma tentativa de ser diferente. Essa escolha é vista, pela sociedade como um acto de rebeldia ou, quem sabe, de anarquismo.

O homem é produto do meio. Nada mais certo. O que para uns é considerado algo normal, para outros é considerado bárbaro, condenável...

03 outubro 2008

Agressividade

Todos os seres humanos trazem consigo um impulso agressivo. A agressividade é um comportamento emocional que faz parte da afetividade de todas as pessoas. Portanto, natural. No entanto, a maneira de reagir frente à agressividade varia de sociedade e/ou cultura, pois cada uma tem as suas leis, valores, crenças, etc... Alguns comportamentos agressivos são tolerados, outros são proibidos.

O Ocidente, bastante competitivo, a agressividade é aceite e estimulada quando equivalente a iniciativa, ambição, decisão ou coragem, no entanto é impedida, reprimida e até mesmo punida quando identificada como atitudes de hostilidade, ou de sentimentos de cólera.

Ser agressivo seria qualquer acção que pretende danificar algo ou alguém. Geralmente, estes atos agressivos não são verdadeiras expressões de raiva, mas sim desvios de outros sentimentos (mágoa, insegurança, etc.) que devido ao facto de não se não saber como lidar com eles, acabam sendo expressos através de atos agressivos.

Depois de todo este texto, deste trabalho psicológico que foi colocar no "papel" em linguagem clara e simples, qual o papel da agressividade no mundo e na personalidade individual de um indivíduo, eu pergunto-me (já que estou numa fase de perguntas): Sou agressiva??

Para alguns sou, sim, agressiva, e por vezes má, digo coisas que magoam e faço coisas sem o quê nem porquê que acabam de alguma forma causando dor; para outras a minha aparência exterior é agressiva e passo uma ideia de "menina-rebelde", simplesmente por tentar fugir dos padrões sociais impostos por esta sociedade moralmente hipócrita, por pintar o cabelo de azul, por usar um figurino algo "arrapazado" e dando um ar meio de desleixo, uma tentativa de ser "yo"; para outras sou um doce, um amor de pessoa que passa, sim, uma ideia de agressividade devido á "personalidade forte e marcante". (valeu Lukas!!)

E agora eu me pergunto: será que eu "mudo" de personalidade conforme as situações e pessoas?? Isto acaba dando crédito a Stuart Hall que diz que o sujeito pós-moderno é composto por várias personalidades/identidades, que o leva a ter maior facilidade em adaptar-se a diferentes situações, identidades essas por vezes mal-resolvidas ou contraditórias... Isso mais não é do que dizer que sou pós-pós-pós-moderna!!! Mas será que isso me ajuda em alguma coisa?? -Eis a questão!-

Em cima do Muro III

Sabe a ideia que um ser humano tem de que tudo lhe corre bem, que "tudo" o que faz ou vem fazendo é socialmente correto?? Que não existe motivos nenhuns para que lhe seja apontado o dedo?? E, então, é aí que as pessoas mais importantes se afastam, pelo "simples e leve" motivo de não as termos valorizado no tempo certo, na hora certa... E aí a amizade é "colocada á prova", e você pensa: "Onde foi que eu errei?" ou "O que foi que eu fiz de errado?".
Aí você faz um "reloaded" do que até então você tem vindo a fazer e vê que realmente falhou e que caso não se apresse, você se fode!!! Peço perdão pela expressão mas é verdade, você pura e simplesmente perde/perdeu a oportunidade de fazer algo certo... o pior é quando não se sabe o que fazer ou como fazer... aí fodeu geral!!!!!

Aí vem a velha questão do "em cima do muro", neste caso você já ficou tanto tempo em cima do muro que é, finalmente, a hora de pensar, de fazer escolhas, de valorizar o que antes não se mostrava... mas bate aquela incerteza de não saber o que fazer, nem por onde começar.
"Em cima do muro" é, sem dúvida uma posição CONFORTÁVEL, confortável p'ra carralho!!!! Para além do poder de dupla visibilidade, você pode simplesmente deixar a vida te levar. Lembrando agora do trecho de uma música, penso que MPB:
"deixa a vida me levar
vida leva eu"
Mas a vida pede decisões, pede escolhas a tempo e horas certas...

29 setembro 2008

NADA


Nunca

Ame

Demais

Alguém


Obs: dito por alguém que já não tem onde levar mais tapas, sem condições de sofrer...

Isso Não Te Pertence Mais

Sabe aquela sensação de que "isso não te pertence mais"?
As voltas que a vida dá... passamos a vida "em cima do muro", e quando finalmente chegamos á conclusão de que continuar no muro não é uma boa ideia, e tomamos uma decisão, e temos o firme propósito de mantê-la somos abalados pela falta de apoio... o sujeito é altamente influenciado pelo meio, e esse meio inclui outros indivíduos que são importantes para o seu desenvolvimento.
Falta de firmeza de carácter?? Falta de á-vontade?? Nossa!!! Que viagem?!

Se alguém ler este post, me responda, por favor:
- porque é que quando a gente mais precisa de alguém muito importante, ela pura e simplesmente desaparece e "sai" da nossa vida de fininho??

16 setembro 2008

Poemas da minha autoria (Hilário!!!!)

O 1º olhar

Tudo começou quando olhei para ti
comecei a sofre a partir daí
guardei no coração uma secreta paixão
escondida, fechada, trancada.
Ninguém descobriu, ninguém desconfiou, apenas eu!
Chorava, gritava, desesperando num silêncio profundo...
Sabia o que sentia!!
Até que um dia a voz da alma ecoou mais alto
Tu soubeste, ouviste e disseste:
"Calma, estou aqui e ninguém me vai tirar de ti!"


Tu e Eu

Não interessa se faz frio
já nem sinto a minha pele
sinto o peso de estar preso
e querer ser-te fiel.
Acabaram-se as loucuras com quem tanto aprendi,
Começaram as ternuras que contigo conheci.
Há um lugar dentro de mim
que só pode ser pra ti.
Quero te amar tempos sem fim.
Desde que te vi o meu coração bate por nós,
se tu existes, ele existe em ti.
E desde então sou a tua voz
e grito ao mundo que te descobri.
Das nossas vidas, só queremos esquecer
as jogadas que ás feridas demoram a vencer.
Tu sem mim ficas perdido,
eu sem ti não sou ninguém;
só nos fica uma saída: a força que o amor tem.
Conhecer-te e compreender-te num papel que é só teu
como no final daquele filme
que sempre nos comoveu.

Uma bela recordação

Quando sentires o vento na janela
Escuta-o e lembra-te de mim
Sorri e eu sentirei
São as palavras que nunca foram pronunciadas.
As lágrimas serão apenas melancolia;
A saudade com o tempo será desfeita
destruir-se-á e apagará a tristeza.
Mas até lá, guardar-te-ei na memória
Como a mais bela das recordações!!

10 setembro 2008

Coincidências

Quantas coincidências a vida tem!!

Dejá vu. Uma sensação de que tudo se iria repetir com a mesma sequência.

Uma lembrança fugaz.

Um reconhecimento momentâneo.

Repetição de acontecimentos de há mais de 6 anos.

O mesmo nome. A mesma voz. O mesmo sorriso malandro. Os mesmos olhos expressivos e cépticos. A mesma boca apetecível.

Tudo lhe lembrava ele. Com algumas diferenças é certo, afinal ainda duvido da existência de sósias. Embora as diferenças sejam mais a nível de acessórios: óculos, relógio, um estilo bem mais casual... O estilo que sempre desejei que ele tivesse... e agora encontro em alguém extremamente parecido e, algo me diz que melhor.. ou não.

São tantas as voltas que a vida dá, que nem sempre o que parece ser o melhor no momento sê-lo-á daqui a algum tempo... é o Destino. Sempre pregando partidas, causando bulício na vida de um simples mortal.

08 setembro 2008

Ciclo da Vida

Em amena conversa, num sábado de manhã, dois amigos conversam sobre as voltas que a vida dá, das suas "amenidades", das oportunidades que a vida oferece para que de alguma forma os erros sejam corrigidos.

Ciclo.
Círculo.
Sequência.

O Ser Humano é um "animal" susceptível de errar, daí a célebre frase (que serve em qualquer ocasião!!): "Errar é humano". E é a esse mesmo humano que lhe é dado a oportunidade de corrigir ou compensar um erro cometido no passado. Mas isto é uma questão individual, cabendo a cada um saber aproveitar da melhor maneira possivel, e seguir o "caminho certo".

Caminho certo?? What a fuck??

O que é " certo"? No dicionário encontra-se uma infinidade de significados... mas, realmente o que é certo?

Bom - Mau
Doce - Amargo
...Certo - Errado...

Gostos subjectivos, que variam de pessoa para pessoa. Daí, mais uma vez, a dada pergunta: O que é "certo"?
Será algo bom para o indivíduo como um ser "individual" ou como parte de um todo? Algo certo é alguma ação ou reação que vá de acordo com as leis morais vigentes na sociedade? Impostas por quem? Igreja? Ou será pela própria sociedade?

Moralismos.
(I) moralismos

05 setembro 2008

Encontros e Desencontros

Parada fico pensando no que será de mim daqui a quatro anos... Daqui a quatro anos, mais precisamente três anos e meio, voltarei para a minha terra e deixarei para trás todos com quem convivi nesta terra, que em tão pouco tempo já fazem parte de mim.

O que será de mim, sem vocês por perto?

A vida é uma sequência de encontros e desencontros.

Por estas bandas encontrei pessoas que me serão sempre queridas, pessoas de quem não gostei e outras cuja a existência me é completamente indiferente...


Meses atrás depois de uma farra, depois de ter virado a noite com o meu "grupinho" de amigos, falei para um deles, o mais velho por sinal, que eu nunca me tinha sentido tão bem com um grupo tão grande, de como era bom sentir-me querida e que a minha presença não era indiferente... disse-lhe ainda que o pior de tudo é que, por serem todos mais velhos e estarem alguns semestres na minha frente, terminarão a faculdade mais cedo, sairão, farão novos amigos, e terão outras responsabilidades e outras maneiras de levar a vida (será?), e que espero sinceramente permanecer na lembrança de alguns.

Não quero mais pensar dessa forma, um pouco egoísta e mesquinha. Já dizia um conhecido: "Não pedimos pra nascer, mas também não queremos morrer... 'bora aproveitar o intervalo."

Galera, vocês são das melhores coisas que Alguém já colocou na minha vida, a cada dia eu aprendo um pouco mais, e dou um pouco mais de mim a vocês. Nas esquinas da vida vocês fizeram com que cada virada fosse vista de maneira diferente, sem remorsos ou arrependimentos.

A todos vocês eu agradeço, sinceramente, por tornarem a minha estadia neste país um momento único e inesquecível.

Tenho muito orgulho de vocês e de mim por vos ter a todos como AMIGOS.

ADORO VOCÊS!!!! d++

03 setembro 2008

Drowning

Cause everytime I breathe I take you in
And my heart beats again
Baby I can't help it
You keep me drowning in your love
And everytime I try to rise above
I'm swept away by love
Baby I can't help it
You keep me drowning in your love

02 setembro 2008

Inconsolable

Baby, I don't want to waste another day
Keeping it inside, it's killing me
'Cause all I ever want, it comes right down to you
I wish that I could find the words to say
Baby I would tell you every time you leave
I'm inconsolable.

28 agosto 2008

Verdade

A verdade é como um cobertor que deixa sempre os pés frios!!!!

25 agosto 2008

Multidão

Pessoas.

Gentes.

Raças.

Idades.

Cada qual com a sua vida, o seu destino.

Por vezes é preciso fazer parte dessa multidão. Ser mais um no meio de muitos.

No mundo de hoje, essencialmente individualista, onde cada um é estabelecido por uma rotina, sente-se muitas vezes a necessidade premente de "chutar o balde", mandar toda essa orde e rotina prá puta que pariu...

Sem horário. Sem tempo.

Como seria bom se se pudesse acordar a qualquer hora, comer quando sentisse fome, sair por aí sem destino... Doce sonho!!

O bom seria realmente: DESORDENAR A ORDEM.

Meses atrás um grande amigo meu [arriscaria mesmo em dizer meu maninho, meu ano da guarda (chato pra carralho)] me disse que nunca se deve oferecer um relógio a alguém, mas sim alguém ao relógio.

Relógio que controla o tempo, a vida... o mundo.

tic-tac. tic-tac. tic-tac.

Acordar cedo. Tomar banho. Lavar os dentes. Vestir. Beber um café. Sair. Deixar os miudos no colégio. Ir pró trabalho. Trabalho. Pausa (café da manhã). Trabalho. Pausa (almoço). Trabalho. Final do expediente.

Acabou a rotina. Acabou?? Que nada!!!

Sair do trabalho. Pegar os miúdos no colégio. Chegar em casa. Fazer o jantar enquanto assiste ao telejornal. Jantar. Empilhar a louça suja. Televisão. Descanso (??). Cama. Sono.

Dia seguinte?? A MESMA MERDA!!!

21 agosto 2008

E se...

Engraçado, né?!, quando a vida nos obriga a olhar para ela de frente, face to face. E nos obriga a escolher. Ela apresenta-nos uma bifurcação onde escolher é realmente necessário, e a possibilidade de voltar a trás e corrigir os erros do passado não é possível. O que nos resta a nós, pobres mortais?? Aceitar e escolher??
Mas é exactamente na hora de escolher que bate á porta da consciencia a indecisão, o tão famoso "e se..."

12 agosto 2008

PQP!!!!

Este texto que segue abaixo, foi escrito para uma formatura por Nizan Guanaes, paraninfo de uma turma de formandos da Faap. Olhe só o que este publicitário escreveu (deve ser por isso que é um dos melhores redatores do mundo e dono da DM9, aquela dos bichinhos da Parmalat)... E se não der pra ler agora...leia depois com muita atenção.

'Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos. Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência.
Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.

A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:
- Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo.
E ela responde:
- Eu também não, meu filho.

Não estou dizendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Enilma e Rosângela, sua concubina.

Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia! Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio dito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, das 12 às 8 e mais, se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio e constrói prodígios. O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso.'

Nizan Guanaes

08 agosto 2008

Livros

Já passou pela tua cabeça a ENORME quantidade de livros escritos desde a invenção da escrita?? Séculos e séculos atrás?? Livros, grandes, pequenos, médios, grossos, finos... seja ele de qualquer tamanho ou grossura, é sempre um livro.

Ele é o amigo que ajuda a pensar ou a viajar sem sair do lugar, levantar os pés do chão e sonhar com um mundo melhor, onde tudo seria perfeito.

Histórinhas de encantar, quadrinhos, suspense, policiais, ficção científica, aventura, mistério entre milhões de outros estilos. Uma grande quantidade de conhecimento e sabedoria em muitas ou poucas páginas.

Quem não conhece a historinha da Cinderella ou da Bela Adormecida onde a justiça é sempre feita no final: os bons vivem felizes para sempre e os maus são castigados??

Bons tempos!!! Onde a melhor hora do dia (noite, neste caso) de qualquer criança, é a de estar no aconchego do quarto a ouvir a mãe ou o pai a contar uma historinha infantil. Aí sim, era-lhe permitido sonhar alto: imaginar em ser o prícipe ou a princesa da história, viver aventuras fantásticas e sair ileso.

Mas a criança cresce e ao crescer parece que se esquece que um dia foi criança, ao se deparar com este nosso mundo virado do avesso, de cabeça para baixo. Onde a justiça demora a dar frutos, a sociedade está-se a lixar para os males que assolam o "nosso habitat natural", o consumismo impera, assim como uma política corrupta virada para o "enchimento" dos próprios bolsos.

Das historinhas infantis só ficaram os maus da fita: a madrasta da Branca de Neve, a madrasta e as irmãs de Cinderella, o Capitão Gancho de Peter Pan e tantos outros seres malévolos que habitam essas mesmas historinhas. Seres que podem ser vistos na vida real ao virar da esquina ou simplesmente sentado em frente a uma TV... Pobre desta nossa sociedade onde sonhar tornou-se complicado, pelo simples facto de se ter medo de acordar depois e encarar a dura realidade em que se vive.

E assim vou eu, o que era para ser um texto sobre "livros que valem a pena ser lidos", passou sendo um texto de crítica sobre esta nossa "Aldeia Global", que tanto exalta os valores mas tenta esconder debaixo do tapete os podres que a conspurcam.

O jeito é lutar por uma vida melhor, dando o melhor de si mesmo para melhorar a própria vida e a dos outros, tendo assim a certeza de ter feito alguma coisa pelo mundo......

O PRAZER DE TER LIBERDADE


Eu fumo, com muito prazer.

Há 12 anos, o cigarro é parte fundamental do meu dia. Minhas pequenas rotinas só estão completas depois de algumas baforadas. Não tenho a menor vontade de parar de fumar. O cigarro me concentra, me acalma, me faz companhia, me consola e alivia a minha tensão.

Fumar é um prazer. Um prazer destrutivo, inútil e arriscado, alguém há de apontar. Sim, como só os grandes prazeres da vida podem ser. Como caminhar pela cidade de madrugada ou amar uma mulher. Não existe prazer sem risco.

Eu sustento o meu vício, pago meus impostos e consumo um produto legal, regulamentado e taxado. Mas sou tratado como um cidadão de segunda classe em função de um patrulhamento humilhante e abusivo que avança justamente sobre duas coisas que me são tão caras: o cigarro e, em especial, o direito a uma vida menos chata e sem graça. Nos últimos anos, essa esquadra dos bons hábitos transformou o mundo num lugar insuportável. É proibido fumar em avião. É proibido fumar em restaurante. Os maços de cigarro vêm com aquelas imagens ameaçando: "Se você fumar, eu te pego lá fora". Basta! Hoje eles proíbem o cigarro, amanhã vão querer banir o açúcar, o café, o doce de coco, a Fanta Uva, o cine-privê dos motéis, até o dia em que todo mundo vai acordar tomando açaí na tigela e fazendo 50 abdominais.

Viver mais, assim, para quê? Posso ser acusado de ser um idiota sujeito a câncer de boca e de pulmão, mau hálito, perda dos dentes e impotência sexual. Mas alguém que preza, acima de tudo, o direito de ser o idiota que quiser ser.

A fumaça do meu cigarro incomoda. Mas esse não pode ser um argumento definitivo para que o direito alheio prevaleça sobre o meu. Isso não pode servir para justificar a intolerância, porque há uma convivência possível entre as partes que exige apenas um ambiente arejado e boas doses de bom senso. Se o meu cigarro incomoda, há uma série de coisas que também não me agradam muito, como pessoas que falam sem parar, axé music ou mulheres vestidas em desacordo com a sua faixa etária. Mas parto do pressuposto de que somos adultos o suficiente para sermos ridículos cada qual à sua maneira, falando sem parar, requebrando de modo frenético atrás de um trio elétrico, ou se vestindo de forma caricata. Ou fumando.

"Crianças começam a fumar ao verem os adultos fumando." É verdade. Mas crianças também começam a agredir quando vêem os adultos agredindo e a beber quando vêem os adultos bebendo. Seria o caso de confinar a realidade que não nos agrada num fumódromo do lado de fora? Ou de educar nossos filhos apropriadamente, para que eles olhem o mundo com o devido juízo de valor? A responsabilidade pelo discernimento do que é certo ou errado das crianças que começam a fumar é de seus respectivos pais. Não é minha, nem da Souza Cruz ou da Phillip Morris. Pouco me importa se o meu filho será fumante ou não-fumante. Me importa, sim, a compreensão que ele vai ter de valores como a tolerância e o convívio com as diferenças. Tão em falta em hordas antitabagistas.

Nas propagandas de cigarro enganam o consumidor. A lei nº 10.167, de dezembro de 2000, proíbe a propaganda de cigarro, mesmo sendo este um produto legal. Supostamente para evitar a má influência dessas peças publicitárias sobre os mais jovens. Seguindo esse raciocínio brilhante, seria importante prestar alguns esclarecimentos que, espero, não estraguem o dia de ninguém: energético não faz voar, cerveja não atrai mulher bonita e panetone não reata laços familiares rompidos. Se o governo tem problemas com propaganda enganosa, poderia ter começado a resolvê-los no próprio quintal há três anos, quando lançou uma propaganda desrespeitosa em que a figura de um traficante estabelecia um paralelo absurdo entre o cigarro e as drogas ilícitas. O tráfico de entorpecentes, até onde eu sei, não gera 5,5 bilhões de dólares aos cofres públicos por ano em impostos, dinheiro que, ao que parece, não faz mal à saúde financeira de nenhum Estado.

A partir do ano que vem, de acordo com essa mesma lei, eventos culturais patrocinados pela indústria do cigarro também estarão proibidos. Vistos como meras peças publicitárias (bobagem, todo mundo sabe que o que menos se fumava no Hollywood Rock era cigarro...), festivais relevantes como o Carlton Dance e o Free Jazz estão com os dias contados. Mas festival patrocinado por marca de uísque pode. Há diferença? Claro. No décimo cigarro, você sente um leve pigarro. Na décima dose de uísque, você está sujeito a não ir trabalhar, a bater na mulher, a entrar na contramão...

E depois nós, fumantes, é que somos os ignorantes?!?!!


Jardel Sebba é editor da revista VIP

07 agosto 2008

Anarquia

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."
"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal."
"A desobediência é uma virtude necessária à criatividade."
RAUL SEIXAS
"A liberdade do outro estende a minha ao infinito."
"Quem quer, não a liberdade, mas o Estado, não deve brincar de Revolução."
"É melhor a ausência de luz do que uma luz trêmula e incerta, servindo apenas para extraviar aqueles que a seguem."
MIKHAIL BAKUNIN
"Aquele que botar as mão sobre mim para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo."
"A política é a ciência da liberdade."
"A anarquia é a ordem."
"Os grandes só parece grandes porque estamos ajoelhados."
PIERRE JOSEPH PROUDHON

NOMES (Profundo)

Isis: Egípcia, deusa suprema ou de espírito supremo. Mulher muito inteligente e de bom caráter, que consegue se comunicar com a maior facilidade. Costuma viver rodeada de pessoas amigas. Quando a paixão bate forte, faz de tudo para agradar. Carinhosa, sensual e muito fiel, com necessidade de demonstrar seu amor a todo instante e espera que a pessoa amada faça o mesmo. Superprotetora e muito prática, está sempre disposta a resolver os problemas dos amigos mais chegados. E costuma ficar brava quando eles não aceitam a ajuda ou os conselhos. Pode se tornar uma pessoa muito teimosa, possessiva e dependente.

Zahara: Flor. Z é a letra do destino. E se o nome começa com Z, tanto pode ser a maior sortuda como ter vários problemas na vida, mesmo que não faça nada para isso. Por outro lado, tem um ótimo coração, muita criatividade e bastante energia física. Gosta de manter uma certa privacidade e tem muitos segredos que não conta para ninguém. Sua personalidade muda bastante, dependendo da situação. E por isso, as vezes, as pessoas não conseguem entendê-la.

Fátima: É o nome da filha de Maomé. Significa desmamada (ou seja, que deixou de ser bebê, que alcançou um degrau mais alto na escala da evolução). Indica uma pessoa que sabe ouvir a intuição e não se prende a regras ultrapassadas.

Benoni: Dilho de muitas tristezas. É do tipo que sabe o que quer, e sempre chega lá. Embora viva em busca de prazeres, é muito preocupado com a segurança financeira. Tem hábitos enraizados, uma memória excelente e adora dividir suas experiências com alguém, de preferência com seu amor. Seu aprendizado é lento, mas profundo: depois que aprendeu, nunca mais esquece. O lado negativo? O risco de se tronar teimoso e ciumento.

Celeste: Habitante do céu.

Jandira: Significa abelha de mel.Indica uma pessoa doce mas corajosa e firme, que transmite muita segurança quando toma uma decisão. É muito inteligente, mas não gosta de ser elogiada por isso. Prefere que reparem na cultura que adquiriu com seu esforço. Joga de igual para igual com qualquer pessoa. Não se sente melhor nem pior que ninguém e tem uma cabeça bastante aberta. Ficar parada? Impossível! Não perde uma oportunidade de viajar e tem uma paixão pela vida de dar inveja a qualquer um. Só não é legal na hora de julgar os outros ou de dizer certas "verdades" à queima-roupa, sem um pingo de diplomacia.

Felismina: Feliz. Romântica, divertida e cheia de amor para dar, quer que todos gostem de si, e não economiza gentileza e simpatia. Adora ser o centro das atenções e, da vida, quer apenas o melhor: dinheiro, poder, sucesso... Mas basta aparecer uma criança que seu coração derrete. Quanto ao lado negativo, tem um certo ar de mandona e pode se tornar muito egoísta se continuar se preocupando tanto com as coisas e consigo. Afinal ninguém tem obrigação de ser perfeito.

Carla: Significa fazendeira e indica alguém que, pela aguçada capacidade de observação, consegue descobrir até o lado oculto das outras pessoas. Mas nunca usa esse dom de forma inescrupulosa. Age sempre com polidez e expões suas idéias sem ser autoritária.

Claudia: Criativa, amável e expressiva, é uma pessoa cheia de charme e com uma dose incrível de curiosidade. Tem a maior dificuldade de se concentrar no que está fazendo e não consegue guardar suas idéias só para si: precisa compartilhar tudo com os outros. Festas? Adora, e está sempre de bom astral. O único perigo é exagerar a dose e se tornar nervosa, inquieta e pouco fofoqueira. Mesmo porque adora "enfeitar" a realidade.

Vera: Verdadeira. É uma lucidez fora do comum, quando se trata de julgar o mundo e as pessoas. E toda vez que abre a boca diz a coisa certa.

Laurence: O coroado de louros. Coisa de grupo definitivamente não faz sua cabeça. Seu negócio é um de cada vez e, quando sai com um amigo ou uma paquera, não quer mais ninguém por perto. Nessas horas fica totalmente à vontade, e, até tira de letra qualquer desentendimento que possa surgir. Agora, se há uma coisa que o deixa nervoso é ter que tomar uma decisão. Por isso, às vezes, parece teimoso. Ou preguiçoso e desligado. Mas é tudo fuga.

Iago: Aquele que suplanta, aquele que vence.

Nuno: Significa criativo, dinâmico e inteligente, um trabalhador incansável, disciplinado e sempre disposto a colaborar com os outros, sem nenhuma outra intenção a não ser a de ajudar. Prático, consegue executar tarefas cansativas e monótonas, que a maioria das pessoas detestaria encarar. Mas quando está trabalhando odeia ser interrompido. É muito critico consigo e com os outros.

Alexandre: Significa defensor da humanidade e indica um espírito justiceiro, que não pode ver outra pessoa passando dificuldades sem procurar ajudar. Tem sucesso quando trabalha em atividades comunitárias. Dono de uma personalidade ativa e decidida, é uma pessoa cheia de energia, sempre pronta a se lançar em alguma aventura. Uma vida sem desafios não tem a menor graça. E como também é um líder nato, acaba arrastando os outros com o seu entusiasmo. Só é preciso tomar cuidado para não se tornar um cabeça dura.

Ilana: Árvore frondosa

George: Significa agricultor e indica um homem determinado e seguro de si. Pode ser um pouco arrogante e impetuoso, mas sempre respeita os limites das pessoas à sua volta. Sério e honesto no trabalho, busca a perfeição em tudo o que faz e se aborrece quando as coisas não saem como queria. Pensa muito antes de agir, mas quando decide é capaz de mergulhar de cabeça no que está fazendo e esquecer da vida. Assuntos ligados a saúde são os seus preferidos, e poderia muito bem trabalhar nessa área. Cuidado com a impaciência, que pode levá-lo a um stress facilmente.

Anderson: Significa filho de André e indica uma pessoa que ganha muito dinheiro ouvindo sua intuição. Tem muitas admiradoras, e na juventude se relaciona com todas elas, sem pensar num compromisso sério.

Victor: Vencedor. É de uma lucidez fora do comum, quando se trata de julgar o mundo e as pessoas. E toda vez que abre a boca diz a coisa certa. O problema é que vive com um pé no chão e outro na lua, ligando e desligando sua atenção com uma rapidez incrível. Por, isso muitas vezes, parece estar nem ai com o que ocorre no mundo ou a sua volta. Liberdade é a coisa mais importante do mundo e, por isso, costuma resolver sozinho seus problemas, sem pedir ajuda ou conselhos a ninguém. Ordens? Detesta, tanto dar quanto receber. Só precisa aprender a controlar a teimosia.

Leonardo: Significa forte como um leão e indica uma pessoa inteligente, criativa e espirituosa, que faz amigos com facilidade e tem êxito em tudo. Ambicioso, orgulhoso e sempre à procura do prazer, quem tem esse nome precisa vencer a dificuldade de levar as idéias ou mesmo as pessoas a sério por muito tempo.

Eduardo: Próspero, o Guardião que significa guardador de riquezas e indica uma pessoa talentosa e dinâmica, que se realiza em trabalhos que a estimulem a pensar, pesquisar e aprender mais. Quem tem esse nome é também muito comunicativo.

Miguel: Quem é como Deus. Emotivo e muito ligado à família, exagera nos seus cuidado que corre o risco de sufocar aqueles que ama. Mas isso é porque tem muita energia e precisa manter as mãos e a cabeça sempre ocupadas com alguma coisa. Nas relações de amor ou de amizade, quando se machuca, se recolhe para dentro de si mesmo e só sai depois de um pedido de perdão.

15 julho 2008

União

E as bocas se uniram. As línguas se entrelaçaram.

O corpo dela arqueou-se pedindo o toque de suas mãos e a união dos seus corpos.

E ele tocou-a. Colou-se a ela.

Fê-la sentir-se poderosa e levá-la aos céus.

E tocando-a ele se fez homem e tornou-a mulher.

08 julho 2008

Refúgio


Com a cabeça dele no colo, ela tenta reter na memória cada traço daquele rosto, que, com os olhos fechados, se torna inocente.

Os dedos afagam os cabelos. Negros.

Negros. Cacheados. Encaracolados.

Com esses mesmos dedos, ela desenha as sobrancelhas, o nariz, os olhos, a boca. Cada traço daquele rosto é retido. Aprisionado na sua memória.

Momentos como aquele são únicos, e mereciam ser recordados.

E é enquanto percorre aquele rosto com os seus dedos, que ela relembra os poucos momentos em que passaram juntos.

Um sorriso casto. Um olhar brilhante, intenso mas suave. Uma mudança imperceptível mas visível.

Palavras ecoando na sua mente: "Você é o meu refúgio..."

E é isso que ela é. O refúgio de um exilado da vida.

O que será que ele procura? Será que encontrou?

Momentos em que estavam juntos, sempre poovoados por conversas diversas, e onde o silêncio jamais era incómodo.

E era disso que ela mais sentia falta: num ônibus barulhento ou na solidão do seu quarto. Sentia falta desses momentos em que parecia que tudo se encaixava.

E aprofundando, penetrando o olhar em sua alma, ela sente a falta de alguém que seja para ela, o que tem sido de muitos.

Ela sente a falta de alguém que llhe afague os cabelos, que a abrace sem ter que pedir ou que lhe beije sem ter porquê. Que a eleve aos ceús fazendo-a sua.

Ela também precisa de um refúgio, de um cantinho onde lhe seja permitido ser ela mesma.

"Meu bem, você está chorando?"

E ela se dá conta que lágrimas escorrem pela cara, mas rapidamente são limpas.

"Não, meu bem. Não se preocupe, está tudo bem."

Não!! Não está tudo bem, apetece-lhe gritar.

Apetece-lhe aconchegar-se no seu corpo, chorar, ser mimada, abraçada, beijada... amada.

Mas ela simplesmente sorri. E sorrindo de volta, ele fecha os olhos e aconchega-se no seu refúgio, no colo de mais uma exilada.

Uma exilada do amor.

A Outra

Ela é a outra de vários. Todos a querem. Beijam os seus pés. Bebem as suas palavras e comem a sua alma. Tomando tudo e não dando nada. Levando um pedaço dela e deixando um vazio.

Saudade. Insatisfação

Deixando na boca um gosto agri-doce. Amargo. Gosto de "quero mais". E a certeza de saber que não poderá pedir ou exigir mais do que lhe é dado.

Receando ser olhada como mais uma, ela esconde-se atrás da cortina da independência. Para o mundo, ela é independente, senhora de si. Nada a afecta. Cheia e convicções e certezas.

Mas só ela sabe de quanto sente a falta de um romance, no verdadeiro sentido da palavra. Falta de ter alguém que seja só dela, que a entenda. Que a complete.

Na realidade, ela vive num mundo de conto de fadas, num patamar diferente da realidade. Idealista. Esperando por um príncipe que nunca chegará. Disso ela sabe, mas a esperança é uma chama que ela mantém acesa.

Quantas vezes ela já se apaixonou? As contas estão perdidas num emaranhado de experiências.

Já amou em silêncio, aos berros para todo o mundo ver e ouvir. Mas a verdade é que das vezes em que amou, nunca soube aproveitar na íntegra tudo o que lhe era oferecido.

E agora ela é uma mulher aprendendo a viver uma realidade. Tentando recuperar o tempo perdido.

03 julho 2008

Sonho


É incrível a necessidade que por vezes assalta um ser hmano para escrever. Escrever sem saber o quê, sem saber porquê ou para quem.

Deitada confortávelmente num colchão de solteiro, puído pelo tempo e roído pelas traças, ela escreve. Escreve deixando a caneta escorrer pelo papel, tentando não pensar no que vai escrever a seguir. Mas de repente ela pára. Pensativa, olha pela janela e só vê a escuridão.

Escuridão. Noite.

Noite. Sono.

Sono. Sonho.

E é sonhando que ela, finalmente, se liberta das amarras da solidão e das correntes da memória.

É sonhando que lhe é permitido fazer o impossível. Tudo lhe é permitido.

É-lhe permitido voar. Voar até ao inimaginável.

É-lhe permitido voltar atrás no tempo e corrigir os erros do passado.

E acima de tudo, é-lhe permitido amar. Amar de maneira completa, de maneira sublime, ingénua e inocente.

E aí continua ela deitada, cabeça repousando sobre o braço. Os olhos delicadamente fechados, a boca levemente entreaberta. Respiração regular.

Calmaria.

Serenidade.

O corpo levemente encolhido.

Sensualidade.

Uma sensualidade inocente, pura, virginal.

Mas nem tudo é calmo.

Essa aparente calmaria é, simplesmente exterior. Por dentro, no seu íntimo, o inconsciente trabalha a todo o vapor, permitindo-se a anarquizar todo e qualquer sentimento.

Querendo ou não, ela vê-se nos braços de um desconhecido, numa cama desconhecida, num quarto desconhecido de uma casa igualmente desconhecida. E o pior/melhor, numa vida desconhecida.

Essa vida? A realidade.

Sonhando a realidade de um sonho real.

Uma alma perdida

Perscrutando a minha alma e só encontrando a solidão, o silêncio. Vazio

Procurando um objectivo e, de novo, o silêncio. Um silêncio cheio de contradições.

Querendo tudo e nada, todos e ninguém.

Querendo o silêncio de um amigo e a sua conversa desgovernada.

Sair para a rua e ficar em casa.
Trancada. Prisioneira
Prisioneira de mim mesma.

Perdida num mundo cheio de nada e vazio de tudo.

Solidão de uma alma.

Sede de uma vida

Saudade de um passado recente ou não tanto assim.

Ser de todos e de ninguém, sequer da própria.

Andando por aí sem destino ou objectivo.

Querendo hoje o que poderei não querer amanhã.

Frágil.
Fraca.

SÓ...

20 junho 2008

Com um garfo numa terra de sopas

Ela estava triste. E tristes estavam os seus olhos. Aquela tristeza sublime que sucumbe e desarma numa vã tentativa de se soltar. Esses olhos outrora demonstrando alegria, simpatia, diversão. Esses mesmos olhos outrora alegres, agora só transmitindo tristeza, dor, saudade do passado e até do futuro. Saudade do futuro.

Olhos que se perdem no horizonte da memória. Olhar perdido. Olhar vazio.

E sem que ninguém desse conta a sua memória trabalha, e as imagens de um passado recente correm numa sucessão louca.

Slides de memórias.

Slides de imagens.

Imagens de um passado.

Passado recente.

E é nessa sucessão louca de imagens que, sem querer, ela congela uma imagem.

ELE.

Surge um fugaz sorriso, um olhar terno. E terna é a lembrança. Lembrança daquela noite. Uma noite curta. Uma noite cujos corpos se fundiram num só. Cujo olhar ficou preso um no outro como um iman, desejando reter a imagem do seu olhar pra sempre.

E essas imagens valem mais do que mil palavras.

E o efeito dessas imagens, dessa lembrança é devastador e aterrorizador. Sem querer o seu olhar brilha, o seu corpo estremece, os lábios humedecem, os olhos escurecem, os quadris arqueiam-se e o sexo lateja.

Molhada. Exitada.

Desejo. Ternura.

Paixão. Amor...?

"Besteira!" Ela assim pensa. Mas bem no fundo ela sabe que não é bem assim. Se assim fosse ela jamais perderia noites de sono e sonho. Sonhando acordada. Sonhando com algo e alguém impossível. Tecendo mil e uma fantasias.

Caso fosse uma simples besteira, ela jamais perderia o seu tempo vendo esse ele durmindo do seu lado, jamais perderia o seu tempo perdendo-se nesse olhar escuro, jamais perderia o seu tempo ficando calada enquanto o ouvia discorrendo sobre assuntos mais variados.

E mesmo tentando convencer-se de que ele era só mais um, a "célula revolucionária" (in Die Fetten Jahre sind vorbei, Os Edukatores de: Hans Weingartner) chamada coração, não deixa, pois ela insiste em bater forte quando mencionado o nome dele e continua batendo forte na sua presença.

Numa espera eterna em que um dia, quem sabe, ela seja tomada pela mão e levada pelo mundo. Que lhe seja mostrada uma gota de orvalho e que ela veja um diamante.

Rodeada de gente, ela se sente só, perdida.


Ela é uma mulher com um garfo numa terra de sopas.

18 junho 2008

Viagem

Em algum momento da vida de um ser humano é, realmente, preferível ficar "em cima do muro", num estado momentâneo de indecisão ou, simplesmente vontade de deixar as coisas como estão.

Mas será preferível ficar na indecisão, volta e meia depois pensar no assunto e ficar na dúvida ou será melhor tomar uma decisão, por pior que seja, e ter o alívio de pensar: "menos um!"? O pior mesmo é pensar e saber que mesmo depois de uma decisão tomada, outras virão, numa sequência louca, aludindo á "rapidade e velocidez" (salvé, meu pai!!) típica do ser humano em arranjar problemas. Capacidade, muitas vezes, incómoda e cansativa.

Nas chamadas "instituições sociais" surgem também os "não-alinhados", ou melhor, os "amurados". Aqueles que não são nem uma coisa nem outra, capazes de "virar a casaca" conforme as necessidades e/ou vitórias. A esses nada lhes é cobrado e muito menos dado.

E assim anda o mundo numa resignação louca, aliás, designado a viver no meio da resignação. Comodidade.

Contestando e opinando por tudo, e no entanto, nunca abrindo mão desse muro, ou melhor, nunca levantando o traseiro desse muro que a cada dia se torna maior e mais cômodo. Esse muro "maldito" onde os pés se encontram separados, cada um pró seu lado, raramente se encontrando, e nesses raros momentos jamais por muito tempo. E a culpa é de quem? Desse indecisão tola que atraca num porto (in)seguro, chamada consciência.

E agora, depois de tanto discorrer por vielas escuras e tortuosas de um pensamento iniciado numa "banal" conversa de msn, eu também me pergunto: porque não ser indeciso? porque não, ter medo de tomar decisões?
E sou eu a responder de forma pessoal, personalista e individualista: NÃO SEI. Eu não sei tomar decisões. Detesto ser pressionada, aprisionada ao querer ou não querer, poder ou não poder, sentir ou não sentir, aprisionada ao eterno devo ou não devo.

E, invariávelmente, acabo por concordar com o meu mais recente maninho: para quê ou porquê ter resposta para tudo?

Viver num mundo rodeado de ceertezas ou de teorias adaptadas é uma grande chatice!!!

Regras, ordens, vozes de comando, imposições nas tomadas de decisões. Sentido de rectidão. Moralidade ridícula.

Porque não ser livre? Porque não tomar decisões quando nos apetece? Porque não cada um andar no tempo á sua maneira, ditando as suas próprias regras (se é que as existem!)? Longe de chatices, imposições, tempo pré-determinado e todas essas "balelas" que acabam sempre por controlar a vida humana.

E é nisso que dá, escrever ás 02:00 da manhã, discorremos sobre pensamentos, viramos á direita numa esquina esquecida no tempo, perdêmo-nos numa viela escura da memória e desembocamos num cruzamento sem sinalização alguma. No entanto é bem no meio desse cruzamento que se encontra um barzinho, simpático, verdade seja dita, onde reina o cheirinho a café-canela e a cigarros; barzinho esse onde os imperadores são simples estudantes (comunicação social), que qualquer assunto, por mais nulo que pareça, é mais um motivo para debate, troca de ideias. Onde cada um dá de si o que puder, o que quizer ou se quizer. Nada lhes é cobrado.

Muitos desses imperadores há muito que escolheram o seu lado do muro, outros ainda estão em cima do muro numa vã tentativa de saltar para o lado que lhes convém; e existem outros ainda que estão simplesmente sentados. Neutros. Não-alinhados. Indecisos? Não diria tanto, diria antes em "compasso de espera", saboreando cada momento dessa agri-doce indecisão. Vivendo no mínino três realidades: as duas dos lados opostos do muro, e que vêm presenciando dia após dia e a de neutralidade própria. Saboreando a ordem do caos que tanto os intriga e atrai.

Resumindo e concluindo: sou mais uma "amurada" desta vida e deste mundo selvagem de certezas. Nessa selva humana em que tudo tem que ser devidamente "etiquetado" e colocado em "stock".

E sabem que mais: que reine a desordem!!!

E germinou assim mais uma semente anarquista!

(Parabéns maninho, a subtileza do teu texto derrubou minhas crenças pré-concebidas e/ou adoptadas precocemente pela "moralidade mundial")

17 junho 2008

Em cima do muro II

O meio, matrix, muro, enfim... Todos esses conceitos são formas de se dizer que esse ponto, onde poucas pessoas realmente pisam é a plenitude da situação. Não ter resposta não é fraqueza, mas sim, muitas vezes, é admitir uma situação e não sentir-se cobrado em resolvê-la, por que problemas, nem sempre tem de ser resolvidos. Pelo contrário, admiro os que simplesmente os ignoram e se voltam às coisas mais úteis. Há sempre um desdobramento cósmico que, no mínimo, resolve tudo.

Não vou longe, Eric Hobsbaw (dispensa apresentações), autor do livro "A era dos extremos", livro conceituado, principalmente entre os historiadores. Por isso invoco: historiadores, vocês se lembram do que Eric narra em seu livro? Através dos extremos, quantas catástrofes fomos submetidos na modernidade. Ou será que pensar o "meio termo" é estar sempre na esfera egoísta do homem? As instituições sociais são quem mais deixam latentes os anseios humanos. Comunismo contra capitalismo, branco contra negros, pobres e ricos e eu diria que hoje: vencedores e perdedores. Reparem que a imagem do perdedor agrega a falta de "personalidade". Quem é perdedor no mundo moderno?

O fruto dessa vontade de personalidade é a individualização do ser humano. Somos mais nós por que temos que ser mais personalistas. O mundo cobra rapidez, resposta e certeza. Pois vamos cobrar incertezas, é assim que nasce a arte, das incertezas que provocam insegurança, a tristeza do homem que tenta não estar à margem é o alimento da arte: maior patrimônio humano.

Saúde mental? A insanidade é sim a proclamação do estado saudável, puro. O homem "in natura" como dizia Niesztche. O meio, talvez pelo perigo, seja apenas para os corajosos. Uma característica estranhamente elogiada nos conceitos modernos. Precisamos realmente ser corajosos? Qual o mal do medo?
Estar no meio exige interação sim, direta com as várias polarizações, senão não se estaria no medo. Vamos lembrar que o homem nunca está neutro, mesmo neutro, ele está em uma esfera, que é a neutralidade, completamente legítima, mas impossível. Assim como a objetividade, característica impossível nas esferas sociais lembremos os estudos em comunicação, objetividade é o que? Um mito.

Estar em cima do muro é cômodo, uma busca do ser humano é a comodidade, ta na cara e ele não vê. É preciso deixar claro também, que estar em cima do muro, não deixar de tomar decisões para sempre, mas sim, saber entender seu tempo para as resoluções e não o tempo das pessoas. Trabalhamos em tempos diferentes, espaços diferentes, não podemos adaptar-nos aos outros.

Houve no texto uma citação ao herói. Juro que li. Vamos contextualizar que tipos de heróis são esses? Vivemos num mundo mediado por imagens, por espetáculos (ler: A sociedade do espetáculo. 1968 Guy Debord) o herói, no conceito hoje, é a imagem que vincula as qualidades modernas: Objetividade (?), pragmatismo... Enfim, qualidades técnicas engessadas do ser humano. Acho que as pessoas estão confundindo a resistência com o heroísmo, hoje, meu bem, são características diferentes.

by Alexandre Greco, from http://dzarme.blogspot.com/

Em cima do muro I

Na tentativa de escaparmos dos extremos, queremos fugir logo para o meio, onde pensamos que está o equilíbrio.. achando que ali está a maturidade, ou a saúde mental.
Pobres daqueles que assim pensam!!!
Se formos observar com atenção, o meio é uma posição perigosa, de desinteresse e falta de envolvimento: "em cima do muro", neutralidade.
Só que a vida assim não o permite pois ela não pára.
Estar "em cima do muro" é cômodo mas insatisfatório. Ficar no "meio" indica indiferença.
Estando no meio não existe interação direta nem calorosa, nos escondemos para não mostrarmos nossas preferências, sentimentos ou limitações.
Quem opta pelo meio nunca será um covarde, mas também jamais será um herói; nunca terá débito, e muito menos terá crédito; não deixará transparecer raiva, e o amor ficará para trás; não revelará nem fraqueza, nem força.
Viver "em cima do muro" é uma vida apática, monótona, vazia, sem sal... ou sequer agri-doce.
Na fronteira entre a loucura e a sanidade não haverá auto-realização ou autenticidade na posição de neutralidade.
Somente com autodeterminação podemos fluir de um extremo a outro, passar do negativo ao positivo e voltar. Compreendendo essa polaridade, podemos ter mais empatia e sensibilidade com quem está perto de nós. Podemos, inclusive, sermos mais humildes e tolerantes.

16 junho 2008

Para os erros, perdão; para os fracassos, novas oportunidades; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

13 junho 2008

Pessoas que valem a pena conhecer

Ísis - Deusa suprema ou espírito supremo
Zahara - Flor
Fátima - donzela esplêndida
Benoni - Dilho de muitas tristezas
Celeste - Do céu, divina
Jandira - A abelha de mel
Felismina - Feliz
Eugénia - Bem nascido, nobre
Alexandre - Defensor da espécie humana
Laurence - O coroado de louros
Victor - Vencedor
Dário - O rico, o poderoso
George - Trabalhador da terra, fazendeiro
Arquimedes - O que pensa muito
Josemar - Junção de José e Maria

Feelings to think about it

“A paixão é a mais rápida a desabrochar, e a mais rápida a desaparecer. A Intimidade desenvolve-se mais lentamente, e o compromisso mais gradualmente ainda.”
by Robert Sternberg
“Amor é o mais terrível, e também o mais generoso das paixões; é o único que inclui em seus sonhos a felicidade de outra pessoa.”
by Jean Baptiste Alphonse Karr
“As grandes paixões, aquelas que chegam de repente, sempre trazem consigo as suspeitas.”
by Miguel de Cervantes

Paixão e Felicidade... Será possivel?

“Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma. As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas.”
by Voltaire
“O apaixonado nunca é feliz; a felicidade é o preço da audácia.”
by Lope de Vega

Pensando em ti

São duas da manhã
Não consigo dormir a pensar em ti
Sonho acordado, meto-me no carro
E vou ter contigo.
Eu quero-te pra mim
Fecho os olhos e deixo acontecer
Sinto a tua boca, vejo-te sem roupa
És tudo o que eu quero.
Teu corpo suado contra ao meu
Vou-te levar comigo ao céu
Diz-me se é assim que gostas
E quando pensares que acabou
Volta ao principio outra vez
Vai ser perfeito
E de manhã eu vou estar lá pra te... amar
Eu e tu deitados numa cama nus
Debaixo dos lençóis o mundo é meu e teu
O tempo pára e o vento deixa de soprar
A fazer amor
Nada mais importa
Se estás a meu lado eu sou feliz
Não da pra explicar
Vê o meu olhar e diz-me o que vês
Completas o meu ser
És a peça que faltava em mim
Sem dizer nada teu corpo diz tudo
Num abraço sincero.

11 junho 2008

Saudade maluca

A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração.
by Henrique Maximiliano Coelho Neto - Romancista e contista brasileiro - 1864/ 1934

08 junho 2008

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
by Fernando Pessoa

Quem é você, filho de Ogum?

Ouço a chuva bater no alcatrão. Alcatrão negro. E negro está o meu dia, por não ver o brilho dos seus olhos. Por não ter, mais uma vez, a oportunidade de me perder neles.

Sentada, sozinha, numa mesa para quatro pessoas, só sentindo a sua falta. A falta de sentir nossos pés e pernas se entrelaçando, se provocando. Falta de deslizar meu pé pela sua perna e continuar conversando como se nada fosse. Sinto a falta, meu bem, de ver sua cara se modificando, seus olhos deixando tranparecer desejo. Vontade de mim.

Falta. Desejo. Amor???

Sentimento conhecido/desconhecido. E bem no fundo medo. Medo? Medo de mergulhar nesses olhos que me encantam e me atraem. Medo, meu bem, de amar. Amar de uma maneira inconcebível, incrível e inadmissível.

Quem é você, filho de Ogum?

Que conseguiu passar pela minha "carapaça de proteção", obstáculo intransponível... ou antes assim pensava. Quanta ingenuidade!!!

Te desejo, meu anjo!

Quase ouso implorar por perdão. Me perdoe por não ter conseguido controlar esse sentimento bobo. Me perdoe por não conseguir resistir a você. E, em silêncio, peço perdão por estar apaixonada.

Sim. Apaixonada por você, por cada pedacinho seu. Apaixonada. Numa mistura de sentimentos, pulsações e articulações.

E todo esse sentimento guardado dentro de mim. Ameaça. Ameaçando transbordar, estravazar. Ameaçando voar até você. E desejando trazer você pra mim. Atrair seu corpo, colando ele no meu. Impregnando-o com o meu cheiro, meu sabor e minha cor. Fazer eu e você ser um só. Um tudo-nada, branco-negro... e mesmo assim, continuar sendo um só. Duas almas, dois corpos, dois corações, duas vidas se entrelaçando.

Cadê você? Cadê você com o seu sorriso? Cadê você com o seu olhar penetrante? Cadê você que faz minha alma estremecer, meu coração bater num ritmo alucinante, e meus olhos brilharem?

E eu que pensava ser discreta. Tão discreta que até pessoas que nunca nos viram conseguiram identificar esse brilho em meus olhos, e dar um nome, um significado. Paixão.

Oh paixão gostosa!! Que me faz sorrir quando estou sozinha, sonhar quando estou durmindo, cantar quando penso que ninguém está me ouvindo, dançar quando penso que ninguém está me vendo.

Te agradeço por me devolver a alegria de viver, sorrir, cantar, dançar, sonhar e... escrever. Escrever linhas e mais linhas, páginas a´trás de páginas. Te agradeço pelos momentos em que faço parte do seu dia. Momentos que por mais pequenos que sejam são o suficiente para me ajudarem a descobrir um pouquinho mais de você e um pouquinho mais de mim.

Não me interessa saber até quando ou até onde. Me interessa, simplesmente viver cada dia do seu jeito. Curtindo o momento. Curtindo o melhor de mim e o melhor de você.

E é nesse silêncio, nessa calma que eu sinto a sua falta. Falta de você, de sua presença.

Hoje meu dia ficou incompleto. Incompleto sem você, sem seu cheiro e, principalmente, sem seu abraço. Esse abraço que me aquece e que vem sempre no momento certo. Seja ele qual for.

06 junho 2008

Nós os quatro (eu e você, você e eu)

Nós somos um pouco de cada um e nada de nós dois, porém eu sou você e você sou eu, então somos nós, mas onde somos nós, você é o que me faz sonhar, voar e ser, simplesmente eu! Não! Somos nós, lembra? Metades, Ying Yang... coisas que se partem mas permanecem inteiras. Somos inteiros? Feitos de pedaços, lugares, momentos, opções/escolhas. Somos um e de cada um. Sim senhora (maiúscula) porém, se somos o mundo, somos cada um no mundo, que, na verdade, são vários. Sabe, nesa história do mundo, eu sou mais você e vice-versa. Todo o mundo é de todos e de cada um, excluindo "os" mundos em que cada um vive. Mas somos um pouco Ary Sherlock, sucesso do palcos de algum lugar e somos garçons, bancos, vigias, cirandas...

Sei sim que sou você e te amo do mesmo jeito, da mesma forma, te cativando a cada momento, um pouco mais que antes, um pouco mais que ontem e um pouco menos que amanhã. E assim a gente se mistura: água-vinho, cerveja-leite, branco-negro, espaço...-Amor?

Você sempre acerta. Porém será que a gente erra? EU sinto sua falta de noite, no quarto e "vezenquando" te amo, amiga, amor, perdão? Invasão? Sem pontos pontuo nós dois (Obrigado por segurar a mesa). Invasão? De privacidade? (Direito) E daí? So what? Sem espaço, sem tempo. Deixar o tempo rolar, rolar, rolar... Incrível isso, né? Deixar o mundo fora disso e poder ser tudo/nada, água-vinho, cerveja-leite, branco-negro, espaço...-Amor? E daí? Você ser você e eu ser eu, e nós sermos, simplesmente... Nós!!! Engraçado né? (Sem celular e sem relógio). SEM TEMPO. Somos, meu bem, explosões, sabe? Dinamites.... BOOOOMM!!!! Cabo Verde-Brasil, duas partes iguais, porém (parte brasileira) cansada de escrever, velhice...

... Oh vontade de partir pra ação? Mais uma vez te pergunto/me pergunto e daí? Mais um dia, menos um dia? Eternidade? Puramente e sem barreiras. A vida é feita de momentos e escolhas. E qual a sua escolha? E se fôr a mesma que a sua? Mais uma vez em que a vida ou destino nos põe á prova. E nos põe á prova perguntando: qual a resposta certa? (vale a AP02) O que você quizer ou o que eu quizer... A mesma coisa? Querendo marcar um momento, erigir um marco ou então...

...ou então não sei, não sei o que você "quizer" não sei... só sei que somos algo que ainda quero descobrir. Ei, I., descobre, me diz e aja... Eu, hein? Xiiii, meu bem, eu sei lá... Vamos descobrir juntos, longe da engenharia ou da publicidade... longe do mundo. Onde é longe do mundo? Uma cadeira mais próxima? Será, vamos ver, né... CORAGEM COM UM COVARDE?! heheheheheh (coisas do msn, né?)

I need... to what? Kiss again? Love again? Like if it was the first time??? O universo é feito de energias (Victor), energias positivas, como as nossas... Porque você não se sentou mais perto? (Xiii, tou delirando de novo!!!) E existe primeira vez? Cabeça? Energia (Victor)? Moça, sei lá... Ou não...

... Confusão
(E me remete ao frio que vem lá do sul)

Você decide se dar ou não?! (Não fui eu, Djavan, meu bem. ihihihihihihih) Eu decido? Porque não, seu covarde, você dar o primeiro passo? Afinal, isso não tira pedaço... ou tira? Não sei!!! E continuo na dúvida... ou não?? Se você está na dúvida e eu, eu, eu, eu??? Como estou? Á sua mercê, moça "brasileira-Cabo Verde". Andemos então, deixemos no papel... ou não? Ou não? No papel? "Meio foda isso, né?" Aiaiaiai, o que eu faço com você, A.?


ME BEIJA, PORRA!!! (eheheh)




by I.M.A.R.C. & A. G.
05-06-2008
(Dragão do Mar)

Querer você

Conhecer você

Conhecer o mundo

Igual a você

Ter um pouco de você

Um pouco de tudo

E pouco de nada

Nadica de nada

Ter tudo e nada

Ter somente você...


Você e o mundo...


by I.M.A.R.C.

05-06-2008

(Dragão do Mar)

Porções


A gente passa, salteia, gira

e reticências...

O quê?

Pequeninas porções, moça

Meu tamanho no mundo?

1,80 bem pequenos.

Espalhados na rua, nos bares, nas poucas mulheres, nos cheiros...

De nós?

A gente passa, o espaço é curto...

e reticências...

Curta a medida

meça

meça

O que somos nós?

Pequeninas porções de qualquer coisa


SARARÁ


by A. G.
05-06-2008 (Dragão do Mar)

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