12 setembro 2010

Esta é para os Mortos do Passado


Achava, que com o tempo, as coisas seriam diferentes, os sentimentos e o modo de ver as coisas também. Infelizmente, não.
Após a separação (dolorosa) ambos tinham seguido caminhos diferentes,
De um lado a solteirice, a crença de que tudo não passava de um mal entendido. Mas não o foi...
Do outro lado a necessidade de recomeçar, de sarar velhas feridas; e nada mais rápido e eficaz do que se deixar apaixonar, se dar a possibilidade de amar.
As feridas, essas companheiras de alguns anos, continuam ainda, não completamente saradas.
A saudade também continua, de olhos entreabertos, com vontade de acordar completamente, mas o medo das consequências é ainda muito maior.
Um medo latente até mesmo nos pensamentos. Medo de rachar a couraça, a capa de segurança que demorou tanto tempo a ser construída...
Medo, também, de acabar com a "aparente" calmaria que envolve a sua vida.
Mas nem tudo são rosas, e o destino ainda pode reservar coisas surpreendentes.

05 setembro 2010

Como ter cuidado?

- Sim, aceito.
Com essas palavras ambos selaram seus destinos. Ambos colocaram um ponto final na sua antiga vida prenhe de incertezas e pecado. A partir daí tudo seria diferente... mais seguro pelo menos.

O cuidado seria maior. Cuidado no pensar, cuidado no agir e cuidado no falar.

Mas como ter cuidado, quando o mesmo é unilateral?

Como ter cuidado com o pensar quando a vontade é "dar meia volta volver" no tempo?

Como ter cuidado com o agir quando a vontade é sair por aí sem rumo, sem destino e sem tempo?

Como ter cuidado com o falar se a vontade é gritar, exigindo o direito de ser feliz?

Com tudo virado de ponta cabeça como ter tanto cuidado?

Como manter a boca fechado?

E, principalmente, como não ter saudade do passado?

Um passado lotado de liberdade...

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